Produtor Rural e Candidato a Vereador em Nova Ubiratã Sob Suspeita por Recebimento Indevido de Auxílio do Governo Federal

Uma denúncia grave chegou a redação do jornal Correio de Mato Grosso e provocou questionamentos sobre a transparência e ética na política local de Nova Ubiratã. Francisco Guollo, conhecido produtor rural da região e braço direito do atual prefeito, está concorrendo a uma vaga na Câmara Municipal, mas seu nome apareceu recentemente em uma polêmica envolvendo o recebimento de um benefício do governo federal.

Guollo, que até dois meses atrás estava recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), um auxílio destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, não se encaixa no perfil dos beneficiários. O BPC é uma assistência social crucial para muitos brasileiros em situação de vulnerabilidade, e o fato de um produtor rural, com condições financeiras presumidamente melhores, estar recebendo o auxílio levantou dúvidas e críticas na comunidade.

“É uma vergonha um senhor desse querer receber auxílio sem ter necessidade”, desabafou uma moradora de Nova Ubiratã, expressando a indignação que permeia parte da população local. A comunidade, já ciente do caso, questiona a integridade de Guollo, especialmente em um momento em que ele busca representar os interesses do município na Câmara.

O Correio de Mato Grosso tentou contato com Francisco Guollo para que ele apresentasse sua versão dos fatos, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. A equipe de reportagem permanece à disposição para ouvir o candidato e esclarecer as circunstâncias que o levaram a receber o BPC.

As denúncias, apoiadas por documentos que comprovam o recebimento do benefício, têm potencial para impactar a campanha de Guollo, que já enfrenta desafios em convencer o eleitorado de sua capacidade e honestidade. Enquanto isso, a população de Nova Ubiratã aguarda explicações sobre como um produtor rural, com renda presumivelmente acima dos critérios do BPC, conseguiu se cadastrar e receber o auxílio.

Este caso ressalta a importância da fiscalização rigorosa e da transparência no uso de recursos públicos, especialmente em tempos de desafios econômicos e sociais que exigem que os benefícios do governo cheguem às mãos daqueles que realmente necessitam.