O candidato a reeleição como prefeito de Nova Ubiratã, Edegar José Bernardi (União), está sendo acusado de ter cometido assédio sexual e moral contra uma ex-funcionária da Secretaria de Cultura do município. A denúncia foi protocolada na Justiça e também apresentada à Câmara Municipal, onde deve ser analisada nos próximos dias.
Segundo o relato da ex-funcionária, inicialmente contratada para trabalhar na biblioteca municipal, ela foi transferida para um espaço inadequado, sem condições mínimas de trabalho, como cadeiras, internet e materiais básicos.
Após enfrentar essa situação, decidiu buscar ajuda diretamente com Bernardi. Durante a reunião, no entanto, a funcionária afirma que o prefeito fez comentários inapropriados, insinuando que estava “excitado” e fazendo referências à sua vida pessoal.
Após recusar as investidas, a ex-funcionária alega que passou a ser tratada com desdém, com Bernardi afirmando que ela “não estava mais em suas boas graças”. A denúncia também inclui relatos de conflitos com uma colega de trabalho, que a teria agredido verbalmente em público.
O caso vem à tona em um contexto de crescente pressão sobre a Comissão de Justiça e Redação da Câmara Municipal, que não se manifestou rapidamente sobre a denúncia. O presidente da Comissão, vereador Ari Antônio Basso, convocou uma reunião para a ultima quinta-feira (03), as 10 horas da manhã, que não contou com a presença dos outros dois membros vereadores Sidney Ferreira da Silva e Leonildo Antônio (NANA), gerando críticas de que a situação está sendo negligenciada. Moradores, especialmente mulheres, pedem uma investigação urgente.
Essa não é a primeira vez que Edegar Bernardi se vê envolvido em controvérsias de natureza sexual. Em 2023, o prefeito foi criticado por ter presenteado um adolescente com um brinquedo erótico durante uma festa de aniversário, episódio que ganhou repercussão após a filmagem da entrega.
O desinteresse demonstrado pela Comissão em agir em um caso tão sério levanta questões sobre a postura dos vereadores em relação a casos de assédio e violência contra mulheres na cidade. A sociedade civil aguarda respostas e providências rápidas para que a situação não permaneça impune.