Os jurados consideraram, por maioria, que o réu Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, é culpado pelos sete assassinatos cometidos, em um bar, em fevereiro do ano passado, quando jogava sinuca apostando dinheiro, se desentendeu com jogadores e, juntamente com Ezequias Souza Ribeiro, atirou a queima-roupa matando seis homens e uma criança. A juíza Rosangela Zacarkim dos Santos fixou a pena de 136 anos, 3 meses e 20 dias de reclusão e 30 dias de multa. O regime inicial do cumprimento é fechado e ele começa a cumprir a pena provisoriamente, conforme entendimento recente do STF. O valor mínimo de reparação é de R$ 200 mil a ser dividido para famílias das vítimas.
Foi considerado que Edgar agiu por motivo torpe, meio cruel que resultou perigo comum e que dificultou defesa das vítimas e as condenações foram com base nos artigos 121, 155 e 157.
A juíza, em seguida, questionou o réu se pretende recorrer da decisão. Ele respondeu à juíza que deseja recorrer da decisão. Mas não deve ser solto enquanto não for julgado, no Tribunal de Justiça, o recurso.
Edgar está preso, há mais de um ano e meio, na penitenciária em Cuiabá. As vítimas foram Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos (uma das pessoas com quem Edgar jogava) e sua filha de 12 anos (que tentou correr e foi baleada), Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos; Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos; Elizeu Santos da Silva, de 47 anos; Josué Ramos Tenório, de 48 anos e Adriano Balbinote, de 46 anos, que estavam no bar onde houve a chacina. O homem que jogava sinuca com ele, outros homens (alguns jogavam baralho), a mulher foram obrigados, sob a mira de armas a ficar na parede do bar. Com espingarda e outra arma, Edgar e Ezequias atiraram. A criança correu e também foi baleada e morta. Ezequias Souza Ribeiro morreu, ao reagir à abordagem da polícia, ano passado. Edgar se entregou e foi recambiado.
O júri, conforme Só Notícias já informou, começou às 08:30h com sorteio dos jurados, depoimento de Raquel Almeida, viúva de Getúlio e mãe da menina, e outras testemunhas. Raquel disse que só não foi morta com os demais porque todos os projéteis das armas teriam sido disparados.
Edgar apresentou a versão que jogava sinuca valendo dinheiro com frequência, conhecia alguns homens que acabaram mortos e que, no dia dos assassinatos, perdeu dinheiro em partidas, teria sido ameaçado por um dos homens durante um jogo, negou ter premeditado o crime e voltou a afirmar que estariam “armando” para roubar e lhe matar. Ele admitiu que, durante o jogo, cheirou cocaína e que não se recorda o que aconteceu depois.